Festas Populares do Montijo: Tradicional caldeirada dos pescadores reúne 300 pessoas

Cerca de 300 pessoas participaram no tradicional almoço da classe piscatória do Montijo degustando a famosa caldeira confeccionada com peixe do rio, acompanhada dos vinhos de Pegões, a 30 de Junho, dia de São Marçal, padroeiro dos pescadores. Neste evento participaram o presidente da Câmara Municipal do Montijo, Nuno Canta, a secretaria de Estado para a Cidadania e Igualdade, Catarina Marcelino (será candidata do PS à Assembleia Municipal do Montijo nas eleições autárquicas de 1 de Outubro), o presidente da União de Freguesias do Montijo e Afonsoeiro, Fernando Caria, e o presidente da direcção da SCUPA (Sociedade Cooperativa União Piscatória Aldegalense), José Manuel Santos.

“A SCUPA nos seus 104 anos de existência, embora tenha mais 10 anos como associação, muito deve a homens e mulheres que por aqui passaram nos seus corpos directivos e aos amigos desta terra, e felizmente são muitos”, disse José Manuel Santos, adiantando que “as festas estão para continuar”.

“Peço ao contra-almirante Dores Aresta (chefe do Estado Maior da Armada) que fala força para que desassoreie a cala do Montijo para que os pescadores possam sair para a pesca”, disse ainda o responsável, frisando que “as pescas são fonte de crescimento, dão lucro à nossa cidade e ao Estado”, lembrando que “com dias horas de maré não se sai ou entra no Montijo, pelo menos as embarcações de maior porte”.

Já o presidente da Câmara Municipal do Montijo, Nuno Canta, elogiou o papel dos pescadores, evocando “os valores de uma classe qua ao longo dos séculos tem contribuído para a riqueza do Montijo”.

“As festas populares em honra de São Pedro estão vivas bem como as nossas tradições religiosas em honra do santo pescador e da borda de água com a celebração da classe piscatória, do tradicional almoço e na queima do batel, as manifestações culturais populares nas ruas engalanadas no nosso bairro dos Pescadores”, disse ainda Nuno Canta, lembrando que “com as festas celebramos a vida, o passado, a memória, a história e a nossa tradição”.

“O rio é um elemento que une pessoas e povoações, tem duas margens que estão unidas por séculos de história, foi sempre sustento das gentes de Aldeia Galega, e também será o futuro desta cidade”, realçou o edil, recordando que hoje existe um cais para os pescadores que “resulta da força da câmara e do apoio dos governos e da SCUPA”. “O cais dos pescadores é uma obra dos montijenses”, disse.

Nuno Canta afirmou na inauguração das festas, a 27 de Junho e, que se prolongaram até 2 de Julho, que “estão vivas as nossas manifestações culturais populares nas ruas, nas avenidas e nas praças”, referindo-se ao programa diversificado das festividades, desde os momentos religiosos à música, da tauromaquia, aos arraiais e aos becos engalanados.

“Com as festas do Montijo transformamo-nos num local de cultura, num ponto de encontro e de convívio com os outros, com os diferentes, num espaço de diálogo entre a modernidade e a tradição”, declarou o presidente, recordando que as festividades são “uma celebração da vida, da alegria, da cor, do movimento, um exemplo cultural único”.

Elementos da comissão de festas, trabalhadores da autarquia, voluntários, tertúlias, associações, patrocinadores, entre outros, mereceram palavras de agradecimento do autarca: “Quero manifestar público reconhecimento nesta abertura a todos aqueles que trabalharam e tornaram possíveis estas grandes festas populares em honra de São Pedro. A todos, sem excepção, expresso a gratidão da Câmara Municipal do Montijo”.

Os concertos de João Pedro Pais e de Tony Carreira atraíram milhares de pessoas às Festas de São Pedro.